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Upside Down

Um blogue de uma futura (e esperançosa) jornalista, que vê na escrita um refúgio para os bens e para os males da vida.

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Um blogue de uma futura (e esperançosa) jornalista, que vê na escrita um refúgio para os bens e para os males da vida.

Rita Nascimento: “Enquanto há esperança o sonho não acaba.”

 

Rita Nascimento é uma das concorrentes da sexta edição do Ídolos. Formada em medicina dentária pela Universidade de Coimbra, Rita procura conciliar o seu gosto pela medicina dentária com a sua paixão pela música.

Nesta entrevista, a concorrente do Ídolos fala-nos da sua participação em dois programas deste formato, da sua carreira como médica dentista e do significado que a música tem na sua vida.

Quero, desde já, agradecer à Rita pelo tempo que disponibilizou para responder às minhas perguntas, pela simpatia, pela humildade e por ter sido impecável em tudo o que a esta entrevista diz respeito.

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Em 2012 participaste no programa “A Voz de Portugal”, tendo ficado na equipa dos Anjos até à fase das Batalhas, na qual foste eliminada. Esta experiência deu-te força para continuares a lutar pelo teu sonho? Que balanço fazes de tudo isso?

Tudo tem um timing para acontecer e provavelmente este não era o meu timing, mas de qualquer maneira foi uma experiência muito gratificante, pude trabalhar com pessoas que percebem do mundo da música, conheci os Anjos e pude saber mais ou menos como é que é o mundo da televisão. Obviamente que no momento quando soube que não passava às galas não fiquei feliz - basicamente é morrer na praia -, mas tudo acontece por uma razão, também não estava tão madura como estou hoje e foi uma grande experiência. Por exemplo agora a concorrer ao Ídolos noto que estou muito mais diferente, já não tenho que me preocupar tanto com o curso porque já está acabado, estou mais disponível, e estas experiências deram-me aquela resistência para saber contar com um não e ter sempre um não como garantido. Fui para o Ídolos muito mais numa desportiva, mas creio que é por estar mais madura e por já ter passado por algumas experiências e levar isto na desportiva que se calhar estou a conseguir ir tão longe. Obviamente que também estou a lutar e estou a tentar dar o meu máximo e o meu melhor - e estou super feliz pela adesão de todas as pessoas que gostam de mim.

 

O que te levou a concorrer ao Ídolos?

Todas as pessoas que gostam de cantar têm sempre o desejo de seguir uma carreira musical. Como este mundo está muito difícil, estes programas são sem dúvida uma porta aberta para isso, porque quem consegue chegar o mais longe possível aparece na televisão todas as semanas e, quem sabe, alguém pode ver e pegar em nós. Eu concorri não só por causa disso mas porque também acho que é uma experiência incrível e estou sem dúvida a viver a experiência mais fantástica da minha vida. O ambiente é fantástico, somos um grupo muito unido e temos todos uma paixão em comum. Outra das razões que me levou a concorrer foi a minha constante luta porque não desisto facilmente. Mesmo estando nos outros programas e não indo longe, acho que enquanto tenho idade para concorrer devo insistir se é mesmo aquilo que eu quero. Enquanto há esperança o sonho não acaba. E claro, a razão principal, transmitir emoções, que a minha música tocasse as pessoas, que as pessoas sentissem aquilo que eu canto - isso é o meu principal objetivo -, que elas sintam alguma coisa quando me ouvem cantar, que vejam a música como uma história, porque muitas vezes ligam à melodia mas acho que uma boa interpretação chega mais rápido às pessoas.

 

Quando é que descobriste a tua paixão pela música?

Eu sempre estive muito ligada à música. A minha mãe diz que eu tinha 1 ano e dava uma novela na televisão chamada “Tieta” e que eu já dizia “Tieta Tieta” e ainda nem sequer sabia falar (risos). Por outro lado, a minha mãe sempre esteve muito ligada à música, sempre cantou e fez teatro e eu acho que puxei esse dom dela. Mas a minha paixão mesmo a sério descobri com 5 anos quando a minha mãe me inscreveu num festival da Costa Azul que foi em Setúbal, deu em direto para a RTP1, na altura só tinha 5 anos mas lembro-me como se fosse hoje, e o vencedor ia ao Sequim D’ouro em Itália. Foi a primeira vez que cantei assim num palco enorme para uma multidão de gente, com um original, com 5 anos e ficou tão gravado que ainda hoje me lembro desse momento - desde aí sempre continuei. Entretanto dava alguns espetáculos e depois tive uma banda, nada a nível profissional, mas nunca deixei por completo a música.

 

O que é, para ti, a música?

Bem, esta pergunta é difícil, é muito difícil descrever aquilo que eu sinto. Como já tinha dito ali em cima, a música para mim é, sem dúvida, transmitir emoções. Todas as pessoas têm sempre aquela música que ouvem quando estão mais felizes ou quando estão mais tristes e a música para mim é isso, é transmitir emoções naquilo que eu faço. Adorava um dia poder ter uma multidão a cantar a minha música – ok, é sonhar um bocadinho alto, mas acho que não sou penalizada por sonhar, é sempre bom. Gostava mesmo que as pessoas se identificassem com aquilo que eu transmito, esse é o meu grande objetivo, fazer com que as pessoas se identifiquem com aquilo que eu canto, com aquilo que eu escrevo e com aquilo que eu tento transmitir.

 

Como médica dentista que és, pretendes seguir uma carreira nesse ramo ou és capaz de abdicar disso por uma carreira na música?

Tirei medicina dentária porque gosto, não fui obrigada. Sempre fui muito ligada aos estudos, na altura até queria medicina mas não entrei, entrei em dentária e não voltei a tentar entrar em medicina porque realmente adorei medicina dentária e hoje sinto-me muito realizada com aquilo que eu faço, adoro mesmo ser dentista. Mas obviamente que o bichinho da música é muito forte. Não pretendo deixar a medicina dentária, ainda hoje em dia estamos aqui no Ídolos toda a semana, temos folga segunda e terça e eu vou lá ver alguns pacientes para não perder a prática. Gosto muito do que faço, o objetivo principal seria conseguir conciliar as duas, obviamente que não consigo a tempo inteiro, não pretendo deixar por completo, mas sim agora estou focada na música.

 

Como está a correr a tua participação no Ídolos? Fala-me um pouco sobre essa experiência desde o primeiro casting até às galas.

Esta experiência no Ídolos está a ser surreal, eu nunca pensei chegar tão longe, surpreendi-me a mim própria. Tirando a última gala que não correu muito bem por problemas técnicos, tenho tido comentários muito positivos, tanto dos jurados como das pessoas que me veem e são sem dúvida esses comentários que me dão mais força para querer ser melhor gala após gala. Gosto muito de estar aqui, sinto-me mesmo feliz em pisar aquele palco e estou mesmo muito feliz e muito grata por ter sido uma das sorteadas para estar nas galas. Obviamente que também é preciso ter algum valor, eles felizmente reconheceram que eu tinha esse valor para ir às galas. Estou mesmo muito feliz, está a ser fantástico.

Fui ao primeiro casting numa desportiva mesmo, fui com a minha melhor amiga e depois de tanto tempo de espera (esperei 12h no primeiro casting) eu já dizia “eu vou é embora, eu nunca sou escolhida, para que é que venho para aqui apanhar uma seca?” e a minha amiga dizia “Rita, não desistas, vai correr bem” e eu “não vai nada e não sei quê”, mas depois de tanta hora à espera cheguei ao júri e correu mesmo bem, acho que foi o melhor dia, um dos melhores dias da minha vida. É uma sensação mesmo ótima saber que alguém realmente vê aquilo que tu sentes e a paixão que tu tens pela música. A pior fase foi sem dúvida a do MEO Arena em que estive quase a morrer na praia e a não ir às galas, tive que cantar outra vez com uma colega, a Maria, mas depois os jurados lá decidiram escolher-me a mim e eu fiquei muito feliz e desde aí é dar sempre o meu melhor.

 

 

And that's it! Espero que tenham gostado e que esta entrevista vos tenha permitido conhecer melhor a Rita, a minha concorrente feminina preferida e uma das pessoas mais adoráveis com quem já falei. E, mais uma vez, um grande obrigada à Rita por ter sido tão impecável comigo!

Fico à espera do vosso feedback :p

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